A Música Segundo Tom Jobim, Nelson Pereira dos Santos, 2012.
O fato é que não pude deixar de ficar maravilhada quando soube dessa homenagem em forma de documentário ao talentoso poeta das músicas, Tom Jobim.
"A música segundo Tom Jobim", não teria os elogios de todos os públicos, pois para sentir a energia das cenas é preciso admirar a música feita por ele e se deixar levar nos ritmos do mestre compositor. Percebe-se que de nada acrescenta a sua biografia, como nos documentários normais e Nelson Pereira dos Santos - cineasta da obra - deixou bem claro o motivo da parceria com Dora Jobim ao lançar essa riqueza. A coletânia musical deixa de lado todas as linhas e visões pessoais do cineasta para ir direto ao ponto: as canções ilustres e eternizadas na voz de grandes artistas brasileiros, entre eles Elis Regina e Adriana Calcanhotto, até mesmo Frank Sinatra. Aliás, uma das cenas mais emocionantes, na minha humilde opinião.
Como ignorar a beleza de "Garota de Ipanema" cantada por anos, por diversos artistas reconhecíveis e respeitados no ramo da música, ou não ficar emocionada com a diva Ella Fitzgerald interpretando "Desafinado", com uma voz impagável na melhor das suas performances. Antônio Carlos Jobim considerado o maior expoente da música popular brasileira é um dos criadores do movimento Bossa Nova e para interpretá-lo tem de ser artista à sua altura e deve-se sentir a arte nas entranhas, mesmo “desafinando.” Como o maestro da bossa nova mesmo diz: “Se você insiste em classificar / Meu comportamento de anti-musical / Eu mesmo mentindo devo argumentar / Que isto é Bossa Nova, isto é muito natural.”
“Você com sua música esqueceu o principal
Que no peito dos desafinados
No fundo do peito bate calado
Que no peito dos desafinados também bate um coração.”
Não podemos esquecer nossa música. Salve a Bossa Nova!
Não podemos esquecer nossa música. Salve a Bossa Nova!
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